sábado, 7 de março de 2009



"O mundo é dos sapos. Os príncipes e as princesas só regem na imaginação."

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Histórico inacabado (sem pontos finais)

Somente por ti, acho, que criei este blog. Somente para te poder abrir os horizontes num espaço que fica só conhecido por ti.
Não sabes quem sou, quem és, quem escreve ou não...sabes apenas o que aqui te escrevo e a intersecção que irás fazer ao reconher-te, nestas linhas.

Sendo um só ponto no meio de multidões, um habitante na Europa, um cidadão na sociedade, um aluno na escola, para mim basta-me dizer que és tu, e toda a diferença surge. É muito complicado escrever aquilo que realmente te quero dar a sentir - sentir, sim...! Não ouvir, ler... - pois, uma pessoa tão vasta, como tu, impossibilita criar limites na escrita, pois há tanto que dizer...

Encontras-te neste momento no labirinto que parece nunca mais chegar ao fim: pregam-te rasteiras, cais, magoas-te, sofres...e parece que és só tu, que só tu foste escolhido para aceitar a injustiça de viveres desamparado, desconhecido do mundo que te aguarda após encontrares a saída. Todavia, tens medo, receias sair das paredes frias e cinzentas do teu labirinto para enfrentares sabe-se lá o quê.

Confuso, meio perdido, divagas: sobre a vida, sobre ti mesmo, sobre o teus sonhos.... Balanças-te na tua rede memorial e tentas encontrar o teu ponto de equibílibrio, a sintonia entre a emoção e a razão.

Pessoa de mais emoção que razão, mas que julga possuir mais a segunda, assim és. Escondes-te do mundo e iludes com o habitual sorriso de todas as manhãs. A verdade, essa, é outra.

É a tal verdade que só alguns, aqueles a quem realmente mostraste quem és, que a veêm. Os quais que por mais que tentes, jamais conseguirás passar despercebida essa confusão e insegurança e aqueles que também, tentas desesperadamente afastar enquanto lhes seguras a mão pedindo que fiquem.

Eu quero que saibas que estou aqui. Estou aqui! Aqui, presente todos os anos, em todos os dias, semanas, horas e segundos que vivi e viverei contigo. A tua presença é e foi demasiado importante para ser esquecida. Já não é um típico histórico de uma velha amizade, não. É o histórico do início de um conhecimento que se tornou único, num dia solarento e quente, onde as paredes gigantes abraçavam um mar imenso de alunos todos receosos do seu primeiro dia de aulas.

Neste tempo em que vivo, sou sincera em afirmar que tu és imprescindível, não consigo ver uma pessoa tão especial para mim, triste e desorientada. Este fim-de-semana, custou a passar, dormir...? Não foi de certeza o que mais tranquilamente fiz. E porquê? Porque alguém de quem realmente gosto, por quem nunca senti amizade e irmandade tão grande, não se encontra, não está bem.

Não é aquele incómodo normal de um mero amigo que está mal e nós por soliedariedade adoptamos um sentimento de fragilidade quanto ao estado dele. É algo muito mais sentido, mais forte...é aquilo a que eu chamo amor de irmãos. Eu olho para ti e revejo-me, por vezes até demais, sinto a tua teimosia, o teu orgulho que por tantas vezes me aborreci, o teu lado sensível, a tua maneira de encarar o mundo e és simplesmente aquela pessoa que é diferente de todas, que se personifica emocionalmente no irmão que gostaria de ter.

Eu posso convictamente afirmar que te adoro. Que não consigo ver os teus olhos a reflectirem o que sentes tão intensamente sem me comover, sem te poder dar aquele abraço e garantir que estou aqui para o que der e vier, que podes contar comigo para tudo. Talvez não percebas, mas é assim que me sinto.... Não voltes, por favor, a pronunciar tão cruelmente que te abandonei quando mais precisavas, porque nunca o fiz. Estou aqui hoje, como estive ontem e estarei sempre...sempre!

Sei e tenho consciência que por vezes sou directa a dizer o que penso, mas é por gostar sinceramente de ti que preciso de ser sincera e dizer aquilo que por vezes não ambicionas ouvir. Faz parte...! Os amigos, os verdadeiros amigos, vais descobrir (se ainda não o fizeste) que estão presentes em qualquer instante para te apoiar nas tuas decisões, contudo, isso não impedem que te ocultem as suas razões e sentimentos, se o fazem: é porque te prezam verdadeiramente.

Com isto tudo, quero dizer que estou sempre aqui para ti, que tenho imenso orgulho em conhecer a pessoa fantástica que és, o tio que vai ao Jardim Zoológico com o sobrinho e diz do fundo do coração: "Olha a Pantera!". É essa pessoa feliz que quero que volte, para eu ver sorrir e, se puder, fazer sorrir ainda mais. Porque enquanto estiveres assim, eu não vou descansar e também não vou ficar bem. Os laços entre nós são cheios de nós, que não podemos nunca desatar...

Tenho consciência que precisas de espaço... Não te sintas apressado, demora o tempo que precisares, eu não me vou embora - sabes que para ti fico cá sempre e não tenho horas


Gosto imenssooo de ti,

P.S. Repara que não coloquei ponto final, não coloquei intencionalmente, a nossa amizade vai ser assim: ETERNA!